O que acontece quando um foragido se entrega?

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O que acontece quando um foragido se entrega?

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Para entender melhor o contexto, no direito penal brasileiro, uma pessoa é considerada foragida quando há um mandado de prisão contra ela, e mesmo ciente disso, o cidadão decide não se apresentar a polícia.

Essa condição caracteriza descumprimento a lei, porém o ordamento jurídico assegura alguns direitos, mesmo ao foragido.

Quem é considerado foragido?

Um indivíduo torna-se foragido ao evitar o cumprimento de um mandado de prisão expedido contra ele. Essa situação pode ocorrer em diferentes cenários:

  • Após a decretação de prisão preventiva ou temporária;
  • Em decorrência de uma sentença condenatória definitiva.

Ao permanecer em fuga, o foragido pode ser incluído em listas de procurados, intensificando a busca por sua localização pelas forças de segurança.

Direitos de um Foragido

Mesmo em situação de fuga, o foragido não perde seus direitos constitucionais e processuais. Veja os principais direitos garantidos:

1. Direito à Ampla Defesa e ao Contraditório

O foragido tem direito a ser representado por um advogado em todos os atos processuais. Se não nomear um defensor, a Defensoria Pública pode atuar em sua defesa, assegurando proteção legal adequada.

2. Direito ao Silêncio

Quando capturado ou ao se entregar, o direito ao silêncio permite que o foragido não responda a perguntas, sem que isso seja considerado uma admissão de culpa. Esse direito é fundamental para uma defesa eficaz.

3. Condições Dignas de Prisão

Todo preso tem direito a condições humanas e dignas de detenção, incluindo acesso a cuidados médicos, visitas de familiares e assistência de advogados.

4. Possibilidade de Responder em Liberdade

Ao se entregar voluntariamente, o advogado do foragido pode pleitear a revogação da prisão preventiva ou medidas cautelares, como prisão domiciliar ou uso de tornozeleira eletrônica.

Consequências da Entrega Voluntária

A decisão de se apresentar espontaneamente à Justiça pode ter efeitos positivos no processo, mas não garante absolvição ou soltura automática. Conheça algumas das principais implicações:

1. Possível Revogação da Prisão Preventiva

Se as razões para a prisão preventiva cessaram (como risco de fuga ou ameaça a testemunhas), o juiz pode autorizar o réu a responder ao processo em liberdade.

2. Garantia de Integridade Física

A entrega voluntária reduz os riscos associados a uma captura forçada, como confrontos que podem resultar em lesões.

3. Respeito ao Devido Processo Legal

Após se entregar, o foragido passa a ter garantido o direito a um processo justo, incluindo produção de provas e defesa plena.

A Importância de Consultar um Advogado Especialista

Um advogado criminalista experiente é essencial para orientar o foragido sobre os passos adequados. Entre os serviços prestados por um especialista estão:

1. Avaliação das Condições de Entrega

O advogado analisa os riscos e benefícios de uma entrega voluntária e as melhores estratégias para proteção legal.

2. Negociações com Autoridades

Pode-se buscar medidas alternativas, como prisão domiciliar ou monitoramento eletrônico, dependendo das condições do caso.

3. Elaboração de Estratégia de Defesa

O profissional formula uma defesa abrangente, considerando atenuantes, possibilidades de absolvição e eventuais abusos no processo.

4. Segurança Jurídica

A presença de um advogado garante que erros processuais sejam evitados e que todos os direitos do cliente sejam respeitados.

Direitos fundamentais do foragido

A condição de foragido não elimina os direitos fundamentais assegurados pela legislação brasileira. Contudo, uma assessoria jurídica adequada pode fazer a diferença na condução do caso, aumentando as chances de um resultado favorável. A entrega voluntária deve ser planejada com cautela e orientação técnica para minimizar os riscos e proteger a integridade física e legal do indivíduo.

Entrega voluntária

A entrega voluntária de um foragido pode influenciar positivamente o processo penal, conforme previsto no artigo 65, inciso III, alínea ‘b’, do Código Penal Brasileiro.

Além disso, o artigo 316 do Código de Processo Penal dispõe que o juiz pode revogar a prisão preventiva se, no decorrer do processo, verificar a ausência de motivos para sua manutenção, ou decretá-la novamente se surgirem razões que a justifiquem.

Para consultar o texto completo dessas leis, acesse os links abaixo:

Perguntas Frequentes

O que acontece com um foragido que se entrega?

Ao se entregar, o foragido passa a ser submetido ao devido processo legal, podendo solicitar a revogação da prisão preventiva ou outras medidas cautelares. A colaboração voluntária pode influenciar positivamente o julgamento.

Se eu me entregar, posso responder em liberdade?

Depende do caso. Com a ajuda de um advogado, é possível pedir ao juiz que substitua a prisão preventiva por medidas menos gravosas, como monitoramento eletrônico.

A polícia pode usar força se me capturar?

A lei exige que as autoridades respeitem a integridade física do preso. No entanto, a captura forçada pode envolver riscos, que são evitados com a entrega voluntária.

Preciso de um advogado para me entregar?

Sim, um advogado especialista em Direito Penal é fundamental para proteger seus direitos, negociar condições e elaborar uma defesa eficiente.

A entrega voluntária garante absolvição?

Não. Embora a cooperação seja um ponto positivo, o resultado final dependerá das provas e da estratégia de defesa adotada.

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