Você sabe qual o valor da pensão e como juridicamente ela é calculada? Atualmente, o valor da pensão alimentícia no Brasil não é um valor fixo e varia conforme as condições de cada caso.
Ou seja, é um valor adotado diretamente pelo juiz que estiver comandando o caso, podendo ser um valor variado diante de uma série de critérios específicos.
Veja a seguir todos os principais detalhes sobre o cálculo do valor da pensão e entenda como tudo isso funciona.
Conteúdo do texto
TogglePensão alimentícia: o que é e como funciona?
Atualmente, quando falamos em qual o valor da pensão, a mais comum e falada é a alimentícia, que é um direito garantido por lei em que deve-se pagar uma quantia a uma pessoa que, por algum motivo, não consegue se sustentar sozinha, onde esse valor ajudará a suprir suas necessidades básicas.
Apesar do nome envolver apenas a questão da alimentação, esse tipo de pensão engloba outros fatores como moradia, saúde, educação, lazer e vestuário da criança.
Geralmente a pensão alimentícia é associada a filhos de pais divorciados, onde o valor da pensão é direcionado para descendentes menores de idade ou que ainda dependem financeiramente dos pais.
Nesses casos, fica responsável por pagar a pensão o genitor que não pegar a guarda total do filho, porém, isso pode variar de acordo com algumas questões, como a capacidade monetária de cada pai, por exemplo.
Em situações de término, em que um dos companheiros necessite de auxílio financeiro para se manter, o mesmo pode entrar em acordo com o ex-cônjuge e solicitar para que um juiz analise o caso. Além disso, avós também podem ser indicados para pagar pensão, caso os pais das crianças não possam ou não sejam encontrados.
Lembrando que, o não pagamento da pensão em qualquer umas das situações descritas anteriormente é considerado crime, previsto no artigo 244 do Código Penal e pode trazer ao devedor consequências como prisão por tempo determinado pela legislação, apreensão dos bens para garantir o pagamento da dívida, multa e resultados ainda mais graves em casos de reincidência.
Em resumo, a pensão alimentícia garante o bem-estar e a proteção dos direitos de adolescentes, dependentes financeiros e principalmente crianças que não possuem condições de se sustentar, seja por qualquer um dos motivos já citados. Abaixo você poderá entender um pouco mais sobre como esse processo funciona.
Veja também: Como fica a guarda dos filhos na separação?
Como calcular o valor da pensão?
O valor da pensão é definido pelo juiz, que analisará o caso de acordo com dois fatores principais: de quanto o necessitado precisa e qual a possibilidade financeira de quem paga.
Dentro disso, deve ser determinado um meio termo onde tanto quem recebe quanto quem paga devem ser respeitados.
Além disso, razões como a idade dos filhos também são analisadas, porque quanto mais novos, maiores são as necessidades e cuidados que se deve ter, como, por exemplo, medicamentos, fraldas e leite, que são extremamente requisitados nos primeiros meses.
Educação em escolas particulares e demandas médicas também podem aumentar significativamente o valor.
Diante disso, não há um valor exato para todos os casos, pois em cada um deles o juiz irá averiguar a situação dos envolvidos, para que não se torne desvantajoso para nenhuma das partes.
No entanto, vale lembrar que, em caso de qualquer mudança na situação financeira do pagante, a pensão pode ser revisada, resultando no seu aumento ou na redução.
O pagamento mais utilizado atualmente é pelo depósito direto na conta do genitor responsável, porém, em alguns poucos casos, a pensão também pode ser dada em dinheiro em espécie, o que pode ser desvantajoso, porque é mais difícil a comprovação de que o pagamento foi feito. E por último, o valor da pensão pode ser subtraído diretamente do salário do devedor.
O juiz é quem toma a decisão final e, portanto, ela deve ser respeitada, caso contrário, quem ficou responsável pela pensão estará sujeito a cumprir penas, que podem ir desde multas até prisão.
Quais os outros tipos de pensão?
A pensão alimentícia é a mais comum em casos de separação, no entanto, existem também outros tipos de pensões que são usadas nas mais diversas situações. As principais são:
Pensão por tempo de contribuição
Nada mais é do que um amparo previdenciário oferecido aos trabalhadores que, de alguma forma, contribuíram por um determinado período para o INSS, e ao atingir o tempo mínimo exigido pela lei, o funcionário recebe o direito de se aposentar e receber esse benefício.
O cálculo do valor da pensão é feito a partir do percentual das contribuições realizadas no decorrer da vida trabalhista, e além do pagamento, o trabalhador também recebe benefícios de assistência médica e odontológica.
Pensão por invalidez
Também é cedida aos trabalhadores pelo INSS, porém, apenas a funcionários que, infelizmente, por motivos de doença ou acidente, se tornaram incapacitados de exercer sua função no trabalho.
Para ter direito a essa pensão o trabalhador deve estar inscrito no INSS como contribuinte individual, empregado doméstico, empregado doméstico ou trabalhador avulso. Além disso, deve garantir que sua incapacidade é total e permanente, sem chance de voltar a atuar, e é necessário passar por uma perícia médica para comprovar tal fato.
Pensão por morte
Na pensão por morte, os dependentes do trabalhador contribuinte do INSS recebem o benefício em caso de morte do mesmo, o que irá garantir o sustento desses familiares.
O processo inclui o requerimento, apresentação da documentação, análise do INSS e pagamento, caso seja aprovado. Cônjuges, filhos, pais, e outros parentes que, mediante documentação comprovam que dependiam financeiramente do falecido, podem receber o benefício.